Modelos atualizados mostram mais chuvas até 13 de junho e soja fecha com forte alta
O mercado internacional da soja voltou a intensificar seus ganhos na Bolsa de Chicago e fechou o dia subindo mais de 17 pontos nos principais contratos no pregão desta quinta-feira (30). O contrato julho fechou o dia com US$ 8,89 e o agosto, US$ 8,95 por bushel. Mais uma vez, as posições mais distantes superaram o patamar dos US$ 9,00.
O clima muito ruim para a nova safra de grãos dos Estados Unidos continua sendo o principal catalisador das cotações da oleaginosa na CBOT. As chuvas continuam chegando de forma muito agressiva ao Meio-Oeste norte-americano e as previsões mostram sua continuidade pelas próximas semanas.
Confirmadas, as precipitações mantêm o plantio atrasado, os produtores preocupados e o mercado dos grãos altista em Chicago.
“Os modelos climáticos atualizados no meio do dia desta quinta se apresentaram mais úmidos e, com certeza, mais problemáticos para a próxima semana. O preço pode incentivar o plantio o quanto quiser, mas ainda está chovendo muito”, diz o economista chefe de commodities da INTL FCStone, Arlan Suderman.
GUERRA COMERCIAL
Embora este não seja mais o fator central do mercado, ao menos nesse momento, os traders ainda acompanham, mesmo os desdobramentos da guerra comercial.
O novo movimento foi feito pela nação asiática que suspendeu novas compras de soja no mercado norte-americano. De acordo com fontes familiarizadas com o assunto e que deram entrevista à agência internacional Bloomberg, a medida foi adotada na medida em que as tensões entre os dois países se intensifica.
Com chineses e americanos ainda em desacordo, os compradores da China interromperam as ordens de aquisição de soja dos EUA e a retomada das operações não está prevista até que seja firmado um acordo entre os dois. A vantagem para o produto do Brasil, portanto, passa a ser ampliada. Os prêmios ainda fortalecidos e se valorizando confrimam esse bom momento.