Com oferta recorde de milho, Brasil pode tirar proveito de safra ruim nos EUA

SÃO PAULO (Reuters) – Um atraso histórico no plantio de milho nos Estados Unidos, os maiores produtores e exportadores globais do cereal, provavelmente impactará negativamente a safra norte-americana, trazendo demanda adicional para o Brasil neste ano, disseram especialistas de empresas privadas e da estatal Conab.

As exportações do Brasil, segundo exportador global, vistas em níveis recordes de 31 milhões de toneladas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) antes mesmo dos problemas com chuvas excessivas nos EUA, possivelmente crescerão ainda mais frente aos 24,8 milhões de toneladas da safra anterior, com o país ganhando mercado dos norte-americanos.

Além de abocanhar espaço dos EUA no cenário internacional, em último caso o Brasil teria até potencial para realizar exportações para próprios norte-americanos, como nos raros negócios realizados entre 2012 e 2013, quando os embarques de milho brasileiro aos EUA somaram 1,7 milhão de toneladas, complementando a oferta do país após uma seca severa.

Exportações brasileiras fortes, ainda, são fundamentais para reduzir uma oferta recorde do cereal, que outrora estava pressionando os preços no Brasil.

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